terça-feira, 16 de novembro de 2010

Pesca na fronteira com o Uruguai





Já faziam 4 anos que ninguém pescava nesta barragem, o dono amigo de um amigo meu quem nos deixou pescar recomendou que não podíamos revelar o lugar exato nem tirar fotos de lá, pois apesar de ser um lugar de difícil acesso e ser particular, está barragem fica afastada do centro da propriedade e pode ser invadida sem que ele saiba, outra recomendação foi a proibição do uso de redes sendo apenas permitidos linhas de longo alcança e varas com carretilhas, o que por sinal deixou a pesca muito mais movimentada, pois as linhas não paravam de "correr".
No total deram mais de 150 traíras e 15 jundiás totalizando mais de 100 kg de peixe, nas fotos a seguir estão apenas os que nós trouxemos para casa, fora os outros que ficaram com os parentes lá daquele lugar na fronteira.























quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O Pintado

O Pintado

Pintado (Pseudoplatystoma corruscans), também conhecido como surubim, loango, moleque, jaraíva dentre outros, é um peixe da ordem dos Siluriformes, ocorrendo exclusivamente na América do Sul.
Espécie fluvial de couro com hábitos noturnos. Apresenta cabeça achatada e volumosa tomando boa parte do corpo. A coloração é cinza-parda, ventre esbranquiçado e pequenas manchas pretas arredondadas, inclusive nas nadadeiras. Frequentador do fundo dos rios, tem longos barbilhões e sua carne é de excelente qualidade. É um dos maiores peixes do Brasil, normalmente atinge 1m de comprimento, pesando entre 6kg e 8kg. Mas há registros de exemplares com mais de 2m pesando 100kg. A imagem dessa página é de um cachara, ou pirapará, peixe da mesma família, porém o pintado, ou surubim possui pintas pelo corpo e não listras como o exibido.
Vive em entradas de corixos, poços profundos e leito dos rios. As bacias com maior ocorrência são a do rio São Francisco, Amazônica e do Prata.
Manuseio deve ser feito com cuidado, pois possuem espinhos nas nadadeiras. Quando fisgado, procura esconder-se em 'tocas' sob as pedras e paus.
Sendo sua carne bastante apreciada, o pintado é bastante procurado por pescadores, o que contribui para a redução dos seus estoques.
É um peixe de hábitos noturnos e piscívoro, sendo encontrado geralmente nas partes mais fundas dos rios.se alimenta de pequenos peixes como piaus ,curimbatás mandis. Podem ser ultilizadas como iscas as tuviras, files de peixes e minhocoçu.
O pintado da bacia do Prata pode chegar a 50 kg de peso, e o da Bacia do São Francisco chega a ultrapassar os 100 kg.

O Cascudo

O Cascudo

Cascudo é a designação comum aos peixes siluriformes da família Loricariidae, também conhecidos como acari, cari, boi-de-guará e uacari. Os loricariídeos são peixes exclusivamente de água doce, que habitam os rios e lagos da América Central e do Sul.
Os cascudos caracterizam-se pelo corpo delgado, revestido de placas ósseas, e pela cabeça grande. A boca localiza-se na face ventral e em algumas espécies é rodeada por barbas. Estes peixes vivem nos fundos dos rios, até cerca de 30 metros de profundidade, e alimentam-se de lodo, vegetais e restos orgânicos em geral.
Algumas espécies de pequena dimensão conhecidas como limpa-fundos, como o Hypostomus plecostomus, são muito populares em aquariofilia pelo gosto com que limpam o fundo dos aquários de algas e detritos indesejáveis.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

A Traíra

A Traíra
Uma espécie que caça de emboscada. Prefere águas paradas (lênticas),
dando-se muito bem em lagos e açudes, mas está presente nos rios com constância,
situando-se predominantemente nos remansos deste.
Tem o corpo cilíndrico e alongado, como um torpedo.
Apresenta cor discreta, podendo, em função de fatores ambientais,
o mesmo indivíduo alterar significativamente o tom desde o bem claro como areia,
até um chumbo bastante escuro e marmoreado,
ficando especialmente clara quando em ambientes ensolarados e com areia clara ao fundo.
Algumas variedades geográficas apresentam olhos lindamente verdes,
outras vermelhos, outras ainda, cinzentos ou indistintos, etc.
Pode caçar o dia todo, mas prefere horários crepusculares, sobretudo ao anoitecer.
Quando uma possível presa se aproxima de sua área de alcance,
que geralmente á inferior à um metro, a traíra ataca partindo de quase total imobilidade,
dando um bote fulminante, absolutamente explosivo.
Sua grande e forte boca, dotada de pontiagudíssimos dentes,
agarra e mantém fortemente apertada e presa a sua vítima.
Engole inteiro, mas podendo demorar muitos minutos neste processo, se sua vítima for grande.
Ela normalmente ataca presas que lhe cabem longitudinalmente na boca,
não importando seu comprimento.
Por esta regra, uma traíra pode comer outra com a metade do seu tamanho, ou até mais.
Ela regula sua bexiga natatória para pairar imóvel no meio da massa d'água, com grande precisão
mas geralmente fica apoiada em meio à vegetação aquática,
próxima a barrancos, ou quase encostadas sob galhos submersos.
Ao anoitecer, costuma caçar movendo-se lentamente pelas margens e baixios,
à procura de pequenos peixes e anfíbios.
Dicas para pesca
No grande interior brasileiro, é pescada com a tradicional linha de mão,
ou com uma vara grande. Exige um bom puxão de fisgada,
já que sua boca é bastante dura para o anzol.
Pode ser utilizado um forte anzol de uns 5 a 7 cm de comprimento,
e de 2 a 3 cm de abertura, sempre acompanhado de empate metálico,
pois ela facilmente corta a linha.
A isca para grandes exemplares, deve ser também grande.
O máximo que caiba na boca do peixe,
pois assim, desestimula-se a investida dos pequenos.
(Traíras geralmente não abocanham vítimas que não passam na sua boca).
O anzol deve ficar semi submerso, ou pouco submerso, mas não repousado no fundo.
Para tal, pode ser auxiliado por bóia, ou utilizada isca artificial.
Arremessos devem percorrer lentamente margens, vegetais, troncos submersos, etc.,
ou mesmo ficarem à espera, quando com isca animal.
Traíra, tem médio olfato, excelente audição, e uma especial visão, inclusive noturna.
É uma caçadora visual e auditiva por excelência.
Arremessos freqüentes em um mesmo local, podem atrair esta espécie,
mas sons incomuns para o local, como vozes, e pisoteios nas proximidades,
poderão espantá-los.
Traíras condicionam-se muito bem aos tratamentos alimentares freqüentes de uma ceva,
mas não apresentam-se numerosas nem em cardumes, por serem predadoras
e estarem no topo da cadeia alimentar dos ambientes de pequenos peixes.
A graça e esportividade da sua pesca está na estratégia e habilidade do pescador
em capturar grandes exemplares, e não na luta do peixe,
pois apesar de ser espécie muito forte, não é "lutadora" como uma pandorga.
Quando capturada com anzol, pode ser solta sem grandes problemas,
pois possui boca muito forte.
Quando capturada com rede,
morre facilmente pois fica com os opérculos respiratórios apertados,
impedindo sua oxigenação.

Alguns perigos e recomendações para a criançada
Muitos cuidados devem ser tomados para se manusear a traíra viva,
pois o peixe é muito liso e dá uma rabanada surpreendente e muito forte, saltando da mão com facilidade.
Poderá morder mesmo depois de horas fora d'água, se o dia estiver úmido e fresco.
Sua mordida é muito doída.
Eventualmente, o peixe pode ficar agarrado com os dentes apertadamente,
que mesmo cravam nos ossos dos dedos, e por vezes, ainda dá uma "mastigadinha",
ou até uma rabanada enquanto agarrado.
Pode ser um pouco demorado retirar sua boca da mão da vítima,
(ou do pé), e neste momento de dor, cada segundo é uma infinidade.
Pode ser uma idéia, decepar a cabeça do peixe, mas geralmente
basta abrir sua boca com uma ferramenta qualquer.
Acidentes assim são muito raros, pois a prevenção é bastante simples,
e as conseqüências geralmente inexpressivas.

O Jundiá

O Jundiá
O nome "Jundiá" é utilizado popularmente para diversas espécies,
mas aqui a utilizaremos para a espécie Rhamdia quelen.
Sob o nome científico Rhamdia quelen, ou para nós, simplesmente jundiá,
estão diversas subespécies ainda não bem estudadas pela ciência,
mas conhecidas por muitos pescadores.
Distribui-se por boa parte da América do Sul,
e portanto, em quase todas as bacias hidrográficas.
Segundo alguns destes pescadores de observação mais acurada,
"em vários locais, há mais de um tipo de jundiá,
e eles são diferentes na aparência, tamanho, coloração, etc.,
e até no comportamento".
Certo é porém, que são espécies ou subespécies geográficas,
que embora semelhantes na aparência, constituem grupos genéticos diferentes.
Este grupo chamado Rhamdia quelen, promete bons ganhos econômicos em piscicultura,
já por apresentar carne saborosa e com poucos espinhos,
velocidade de crescimento, resistência à condições comuns de cultivo,
mas também por sua produção ser relativamente barata
e portanto competitiva com outras carnes.
Infelizmente, a ciência não está conseguindo acompanhar
a velocidade dos acontecimentos econômicos,
e muito da sua variabilidade genética na natureza está sendo perdida.
Ocorre natural e preferentemente em águas correntes,
mas eventualmente até se reproduz em açudes.
Seu corpo é revestido de couro, apresentando uma longa nadadeira adiposa.
A coloração varia com a subespécie,
indo do pardo à diversos tons de cinza, mas em geral com o ventre mais claro.
Alcança normalmente cerca de 40 cm de comprimento, e até 2 Kg.

Dicas para pesca
Para isca de anzol,
são comumente empregadas uma variedade de carnes
como fígado de galinha passado na farinha de mandioca e seco ao sol,
mas as minhocas são normalmente por eles muito apreciados.
No geral quanto mais quente as águas do rio, melhor.
É peixe pescado especialmente após chuva torrencial de verão e outono,
quando as águas do rio ficam embarradas.
Em certas regiões do Brasil, especialmente no sul,
esta atividade chega ser tradição familiar do pessoal de origem italiana.
Para pesca de anzol:
utiliza-se uma linha de fundo,
com chumbada corrediça e com ponta livre de uns 20 cm.
O anzol pode ser fino, mas longo,
(1,5 a 2 cm de abertura, por uns 3 a 4 cm de comprimento)
para acomodar bom pedaço de minhoca ou outra isca.
Mesmo pescadores habilidosos perdem muita "corrida" do peixe.
Ele pode comer a isca sem correr, mas geralmente dá boas "beliscadas",
agradavelmente sentidas na linha de mão, arte de pesca muito apropriada para esta espécie.
A espécie não é lutadora, mas requer pescador atento à sua beliscada na isca.
O jundiá livra-se do anzol com certa facilidade,
sobretudo quando fora da água.
Quando capturado com anzol, pode ter sua boca rasgada,
prejudicando sua vida futura, se solto novamente.
Exemplares menores tendem a não se ferir, e deverão ser soltos sempre.
Capturado com rede, pode durar vivo enredado muitas horas,
mas geralmente morre por debater-se muito e ficar bastante emaranhado.
Quando morre, estraga-se logo, notadamente quando em águas mornas.

Alguns perigos e recomendações para a criançada
Apresentam espinhos nas nadadeiras peitorais,
mas apesar de serem bastante lisos, não costumam se debater na mão,
sendo portanto, de baixa periculosidade.
Mesmo assim, merecem ser convenientemente apresentados para a criançada.